Por André Aquino
Quem tem o costume de andar pelas ruas da Vila Santa Cecília, em Volta Redonda, sempre esbarra com uma figura exótica. Com roupas que fogem dos padrões, uma vez vestido de índio e outra de pantera negra, Pedrão D’Água Limpa (nome de um bairro de Volta Redonda) é um folclórico da cidade.
Pedro Antônio Francisco, nome de bastimos e mestríssimo da capoeira, de 68 anos, vai receber uma justa homenagem neste sábado (30). O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) concederá a honraria pela sua importante participação na história da Capoeira do país.
O evento acontece no Rio de Janeiro no dia em que a luta foi reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade, pela ONU.
Mas também ele vai além da capoeira. Atuante em movimento negros, escritores e poetas, Pedrão sempre carrega contigo a empatia entre as pessoas que são vítimas de preconceito, numa retórica única:
“Luto por todos aqueles que sofrem preconceito: os negros, os gays, os evangélicos. Todos que sofrem algum tipo de preconceito eu defendo”, disse Pedrão, num vídeo publicado nas redes sociais.
Nem tudo que foge do padrão é loucura, mas sim cultura.
Fotos: Leonardo Avelino e redes sociais