Das 190 câmeras de segurança em Volta Redonda, ligadas ao Ciosp (Centro Integrado de Operação de Segurança Pública), apenas 40% – em torno de 76 – estão funcionando normalmente no município. Outras 114 (60%) estão com algum defeito de manutenção. A informação foi passada por fontes ligadas à EPD (Empresa de Processamentos de Dados), do governo de Volta Redonda.
A prefeitura está dando prioridade ao monitoramento de via de grande movimentação como as avenidas Paulo de Frontin e Lucas Evangelista (Aterrado); as vias Sávio Gama e Antônio de Almeida (Retiro); avenida Nelson Gonçalves e Amaral Peixoto (Centro) e ruas 33 e Praça Brasil (Vila Santa Cecília).
O descaso na manutenção das câmeras, no entanto, já está refletindo no combate de crimes de roubos, assaltos e furtos na cidade. De 2016 a 2018, o número de crimes aumento em quase 40% – passando de 2.106 para 1.263, nestes dois anos, segundo informações do ISP (Instituto de Segurança Pública), do Governo do Estado.
Não só nos crimes que as câmeras estão fazendo falta. Mas, também na elucidações de acidentes de trânsito. A família de Raphael Araújo, de 29 anos, morto num acidente próximo à Rodoviária de Volta Redonda no último dia 18, procurou o Ciosp atrás das imagens que comprovam a culpa do estudante de medicina no acidente. No entanto, o equipamento não estava funcionando.
“Até mesmo os bandidos estão sabendo quais as câmeras estão funcionando ou não na cidade”, disse a universitária Denise Fernandes, 21 anos, que foi assaltada e procurou o Ciosp atrás das imagens e não também não conseguiu.
Procurado, o presidente da EPD (Empresa de Processamento de Dados) de Volta Redonda, Matheus Moreira Cruz, responsável pela manutenção dos equipamentos, não foi encontrado para comentar o assunto.