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Justiça derruba lei de ‘Escola Sem Partido’ em Volta Redonda



Por Tribuna

A lei municipal ‘Escola Sem Partido’ foi derrubada nesta semana pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJRJ). A instância superior declarou inconstitucional a lei municipal 5.457/18, que foi aprovada pela Câmara e sancionada pelo governo municipal.

A ação foi movida pelo Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação). O relator do caso, desembargador Luiz Zveiter, considerou que o município invadiu a competência da União ao estabelecer diretrizes e bases para o ensino público.

Além disso, apontou que a lei contraria a liberdade de ensinar e o pluralismo de ideias. Acompanhando o relator, o presidente do TJ-RJ, desembargador Claudio de Mello Tavares, destacou que municípios não podem contrariar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/1996).

O magistrado lembrou que o STF ( Supremo Tribunal Federal), em 2017, suspendeu lei que instituiu o programa Escola Livre no ensino estadual por entender que a norma violava o direito à educação e invadia competência exclusiva da União.

O desembargador Fábio Dutra foi voto vencido. No seu entender, a lei de Volta Redonda mais estabelece princípios do que regras específicas. E como muitos desses princípios constam da Constituição Federal e da Constituição estadual, não dá para argumentar que a norma viola essas Cartas. Escola Sem Partido.

A lei 5.457/2018 estabeleceu o programa Escola sem Partido na rede municipal de ensino de Volta Redonda. A medida se baseia, entre outros princípios, no “pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas”, no “direito do estudante de ser informado sobre os próprios direitos” e no “direito dos pais sobre a educação religiosa e moral dos seus filhos”.

Determina ainda que “o Poder Público não se imiscuirá no processo de amadurecimento sexual dos alunos nem permitirá qualquer forma de dogmatismo ou proselitismo na abordagem das questões de gênero”.

Segundo a norma que foi aprovada, os professores não podem se aproveitar da “audiência cativa dos alunos para promover os seus próprios interesses, opiniões, concepções ou preferências ideológicas, religiosas, morais, políticas e partidárias” ou fazer propaganda políticopartidária em sala de aula ou incitar alunos a participar de manifestações.

Além disso, a lei estabeleceu que os docentes terão que apresentar as principais versões, teorias e opiniões de questões políticas, socioculturais e econômicas e respeitar “o direito dos pais dos alunos a que seus filhos recebam a educação religiosa e moral”.


 


9 Comentários

    • Luiz Carlos 10:02

      Viva a liberdade do pensamento e das escolas, templo sagrado do conhecimento e da autonomia. O aluno deve decidir o que é melhor para ele. A vida é um processo político continuo.

      • pLeno 13:21

        ENTÃO FALE COM SEU FILHO SOBRE POLITICA PARTIDÁRIA, O MEU FILHO NA ESCOLA TEM QUE APRENDER PORTUGUÊS E MATEMÁTICA, POLITICA EU FALO EM CASA!

    • Joel 11:00

      Luiz Carlos, acho que voce não entendeu nada da Lei. A lei quer que o aluno decida o que é melhor para ele. ESCOLA SEM PARTIDO, sem ter influencia politica que tivemos por 13 anos com o PT.

      • Luiz Carlos 11:39

        Exatamente Joel ! A lei criada arbitrariamente pela Câmara de nossa cidade atropelou a legislação federal. Por isso foi barrada. O problema é que a sua visão unilateral e dogmática sobre antipetismo te faz pensar que todos os educadores são filiados ao PT ou comunistas. Te digo que todas as ideologias políticas devem ser discutidas em sala e o aluno tem a liberdade de decidir. Proibir a discussão política é que está equivocado. A Guerra fria já acabou .ok?

        • Sônia maria 21:05

          Isso quer dizer: liberdade as escolas sem caráter para doutrinar a vontade.
          Quem foi vítima, não esquece.

    • Psicólogo 11:36

      Quem não entendeu nada foi você Joel. Não se fala de política em sala de aula. Isso é uma grande lenda. Ninguém doutrina ninguém em sala de aula. A grande verdade é que quando jovens todos nós sonhamos e idealizamos uma divisão igual de bens e riquezas. Por conta disso muitos alunos se identificam com o regime socialista, no entanto tais valores são elaborados ao longo da convivência social, das frustrações pessoais ou sucessos e assim se forma a consciência política. Não há doutrinação, se assim fosse a maioria esmagadora do país seriam de pessoas de direita, pois passadas as fases de descoberta do mercado de trabalho e final do segundo grau, todos automaticamente seriam capitalistas e não é o que acontece. O convívio social e as lutas por melhores condições de vida é que norteiam os humanos. Cada um se identifica com uma tendência política. Os mais individualistas e preocupados com o bem estar pessoal acabam se identificando com o pensamento de direita e os mais preocupados com o bem estar coletivo se posicionam a esquerda. E é bom lembrar que todo jovem já chega na universidade muiiiiiiiiiiito bem posicionado politicamente.

    • Cláudio Reis da Costa 13:54

      Acho que todas as ideias políticas, sociais e de gênero devem ser respeitadas. Tanto pelo governo, quanto por alunos e professores. Devem respeitar a opção e opinião independente de ser aluno ou professor. Nem o governo, nem professor nem alunos têm que impor suas ideologias culturais, sociais e sexuais.

    • Alexandre Oliveira 21:24

      Impor? Com essa garota de hoje, ainda se acredita que um professor consegue impor algo a eles???

      Só pensa assim quem não está junto deles!

    • MAGOO 05:15

      Não deu para ninguém entender nada.
      Mas parece que é para deixar que continue a zona que está!
      Aluno mandando professor ir tomar no cu, brigando em sala de aula, MATANDO os outros, como aconteceu na Califórnia esta semana, ou seja, alunos faz o que quer, professor COMUNISTA do PT, que existe TODOS nós sabemos e por aí vai.
      E se não fizer nada para que os alunos respeitem os outros, os professores terão de ir com escolta dar aula!!!

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