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Justiça determina fechamento de área escória; CSN contesta decisão



Por Tribuna

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) obteve na última sexta-feira (dia 14) decisão favorável no Superior Tribunal de Justiça (STJ) determina fechamento de área de descarte de escória da CSN no Brasilândia determinando o fechamento da área utilizada pela empresa industrial Harsco, no Brasilândia, em Volta Redonda, para guarda de material proveniente do descarte da produção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). 
Na ação civil pública ajuizada pela 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva e pela Procuradoria da República, foi constatada a iminente ameaça de danos ambientais e à saúde pública, ante o risco concreto de contaminação do Rio Paraíba do Sul, responsável pelo abastecimento de água a mais de 10 milhões de pessoas no estado.

De acordo com a decisão da ministra relatora Regina Helena Costa, não foi apresentada, nos autos do processo, nenhuma comprovação de que a atividade não causaria a degradação apontada na ACP. Além disso, não se pode adotar outra solução senão o imediato resguardo da pessoa humana e do meio ambiente.

“Conforme apontou o tribunal de origem, já há constatação de prejuízos à saúde e segurança da população, poluição estética e sanitária, descarte de materiais fora dos padrões ambientalmente estabelecidos e supressão de parte de Área de Proteção Permanente junto ao rio Paraíba do Sul, impedindo a consecução de sua finalidade ecológica, além de irreversível contaminação do próprio rio e do lençol freático”, destaca um dos trechos da decisão.

Na ação, relata o MPRJ que, na falta de estudo prévio e plano de emergência não pode ser excluída a iminência de desastre ambiental irremediável caso os dejetos desabem sobre o rio Paraíba do Sul.

“A localização atual do pátio e a topografia da região favorecem a exposição dos bairros residenciais, da unidade de conservação de proteção integral e do corpo hídrico contíguos. Apesar de a área estar delimitada, o muro perimetral encontra-se dentro da área de preservação permanente do rio federal e a mata ciliar do Rio Paraíba do Sul no ponto integra a unidade de conservação estadual Refúgio de Vida Silvestre do Médio Paraíba e, não obstante, a zona de amortecimento da unidade abriga pilhas de escória cada vez maiores”, diz um trecho da ação.

CSN CONTESTA 

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) contestou na noite desta segunda-feira (dia 17) a informação divulgada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), de que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) teria determinado o fechamento da área de descarte de material produzido na Usina Presidente Vargas e utilizada pela empresa industrial Harsco, no Brasilândia, em Volta Redonda. Fontes ligadas à empresa salientam que a decisão, preferida na sexta-feira (dia 14) pela ministra relatora Regina Helena Costa, determina o retorno da  cobrança diária de multa, no valor de R$ 20 mil, caso a escória continue sendo descartada no espaço, ou seja, não definiu pelo encerramento do pátio, como chegou a ser divulgado pela assessoria de imprensa do MPRJ.

Na prática, ainda segundo análise de pessoas consultadas pela reportagem, a ministra do STJ deferiu o pedido de tutela do MPE e da Procuradoria da República “para revogar o efeito suspensivo concedido ao recurso especial interposto” pela CSN e a Harsco. Significaria, a imediata limitação da quantidade de escória recebida mensalmente no pátio.
Oficialmente, a CSN não tinha se pronunciado até a publicação desta reportagem.

Na ação civil pública ajuizada pela 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva e pela Procuradoria da República, foi constatada a iminente ameaça de danos ambientais e à saúde pública, ante o risco concreto de contaminação do Rio Paraíba do Sul, responsável pelo abastecimento de água a mais de 10 milhões de pessoas no estado.


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