O apóstolo Joel Pereira, líder da Comunidade Evangélica Projeto Vida, em Volta Redonda, é alvo de uma denúncia do Ministério Público. Ele, segundo o MP, é suspeito de ser um funcionário fantasma do deputado estadual Edson Albertassi. O pai do apóstolo, Ozeni Elias Pereira, também é investigado.
Segundo a denúncia, os dois foram nomeados para cargos comissionados na Alerj, entre 2001 e 2011, pelo deputado Edson Albertassi, preso desde novembro de 2017. Para o Ministério Público do estado, eles são funcionários fantasmas do parlamentar.
Joel e Ozeni moram em Volta Redonda, reduto eleitoral de Albertassi e, segundo a denúncia revelada pela GloboNews, a nomeação funcionava como recompensa em troca de apoio político da Projeto Vida.
O Ministério Público calcula que o prejuízo aos cofres públicos com os salários pagos aos servidores fantasmas de Edson Albertassi passa de R$ 1,3 milhão (R$ 1.324.097,18), em valores atualizados.
Joel Pereira, de acordo com o MP, ainda era sócio do deputado em uma empresa. Em depoimento aos promotores, os dois confirmaram que não apareciam pra trabalhar na Alerj.
Joel disse aos promotores que “trabalhava em Volta Redonda, não na Alerj” e que ficava à disposição do deputado Edson Albertassi.
Ele também afirmou que não batia ponto, e que a folha era levada à Volta Redonda, todo mês, pra ele assinar. O denunciado também contou que não tinha local de trabalho.
Já Ozeni, o pai, disse ao MP que acompanhava Albertassi em eventos e que não encontrava o deputado pra trabalhar, eventualmente falava com ele ao telefone. Ozeni ainda afirmou aos investigadores que é semianalfabeto e que não sabia o nome do cargo que ocupava e nem para onde trabalhava.
Na sua fanpage, o apóstolo não se manifestou sobre as denúncias. Ele e pai, além do Albertassi, podem responder por improbidade administrativa.