Em março, é celebrado o Março Lilás, campanha que tem objetivo conscientizar sobre os riscos do câncer do colo uterino. Há duas importantes ferramentas no combate à doença: vacinação contra o HPV, antes do início da vida sexual, e o exame de prevenção ao câncer do colo uterino, conhecido informalmente como Papanicolau.
Segundo a médica ginecologista Carolina Terrozo, do Hospital Santa Cecília, o principal fator que leva ao câncer de colo do útero, embora não seja o único, é um vírus que se chama HPV, que é transmitido sexualmente. A boa notícia é que há vacinação, que está disponível gratuitamente no SUS para meninas e meninos com idade entre 9 e 16 anos. Porém, por conta da vacinação ocorrer na infância, o preconceito acaba sendo um obstáculo quanto à prevenção.
– Muitos pais ainda têm preconceito em relação a isso, porque acham que estarão estimulando seus filhos a iniciarem a vida sexual, o que não é uma verdade. É a vacina que previne a contaminação pelo vírus HPV, que vai causar lesão no colo do útero. Tanto meninos quanto meninas deveriam ser vacinados – afirmou Carolina.
A vacinação é tão importante que na Europa, por exemplo, vacina-se até os 65 anos. No Brasil, a vacinação também está disponível na rede particular, para homens até os 26 anos
e para mulheres até 45 anos.
DIAGNÓSTICO PRECOCE – Quando o diagnóstico é precoce, ainda nas fases iniciais, as chances de cura são de 100% segundo a médica. Ela explica que toda mulher que tem ou já teve vida sexual, com idade 25 e 64 anos, deve fazer o exame anualmente.
– A importância de detectar precocemente o câncer de colo uterino é a possibilidade do tratamento cirúrgico. O câncer de colo de útero quando diagnosticado no início, tem cura. Porém, depois de um certo estágio, se isso se torna avançado, só é possível fazer um tratamento paliativo – conclui.