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“Minha vida era um inferno”, diz vítima de agressão de ex-marido



Por Tribuna

O relacionamento entre Fernanda, de 37 anos, e o ex-companheiro era conturbado, com idas e vindas. E muita violência. Numa tentativa de reconciliação, veio o maior trauma: a agressão física que fez com que ela fosse parar no hospital, em Volta Redonda.

Resultado? Hematomas por todo o corpo, além de uma fratura no braço.

Quando Fernanda entrou na Deam (Delegacia Especializada ao Atendimento à Mulher) do município, estava ganhando a liberdade. Ela criou coragem e denunciou o ex-companheiro.

— Todos os dias era uma agressão, seja física ou verbal. Era muito ciúmes e falta de confiança. Minha vida era um inferno, contou ela, que deu entrevista ao TRIBUNA na condição do anonimato.

“Se continuasse com ele, estaria morta”, continuou ela, que viveu com o algoz por oito anos.


“Eu ficava com ele mesmo sabendo que me traia e me agredia de todas as maneiras. Me libertei”


Hoje, ele está respondendo um processo de lesão corporal e proibido de se aproximar dela.

Por pouco, Fernanda não faz parte da estatística de feminícidio.


Estatística


Dados do Dossiê Mulher, produzido pelo ISP (Instituto de Segurança Pública) do Governo do Estado, mostram que Volta Redonda, Barra Mansa e Angra dos Reis estão com uma taxa de 1,5 a cinco feminicídios por cada grupo de 100 mil habitantes no ano passado.

O estudo, divulgado nesta semana que a Lei Maria da Penha completa 13 anos, não mostra o número absoluto em cada município.

 



Conversar nunca é demais


Em Volta Redonda, a Pastoral do Acolhimento à Mulher (PAM) da diocese de Barra do Piraí–Volta Redonda vai realizar ações de conscientização sobre os 13 anos da Lei Maria da Penha.

As atividades serão embaixo da biblioteca municipal de Volta Redonda, das 8h ao meio-dia. As mulheres receberão um material impresso que orienta na luta contra a violência que pode ser física, psicológica, moral, patrimonial, entre outras causas.

No dia 14, a Pastoral em parceria com a OAB Mulher de Volta Redonda vai promover uma roda de conversa para esclarecer as dúvidas a respeito do tema na igreja Nossa Senhora das Graças, no Aterrado, às 15 horas. O evento é aberto.

Fotos: Ilustrativa/Infográfico.

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