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Moradores de rua proliferam e elite reclama em Volta Redonda



A presença crescente de moradores de rua vem incomodando. Praças, ruas e avenidas amanhecem todos os dias com muitas pessoas dormindo nas calçadas, se protegendo em baixo dos toldos de lojas, e aos poucos começam a abrir passagem para a rotina da população da cidade. Mas, o rastro deixado por eles durante a noite incomoda. Apesar de Volta Redonda possuir um abrigo, eles preferem as ruas.

Vila Santa Cecília, Rodoviária Francisco Torres, Laranjal e Aterrado são os locais mais críticos de Volta Redonda. São áreas nobres do município, da elite da cidade:  “Eles já fizeram até necessidades fisiológicas dentro da minha garagem. Lógico que incomoda”, disse uma senhora de 74 anos, moradora do Laranjal, área nobre da cidade, que preferiu o anonimato.

Moradora da Vila Santa Cecília, Fernanda Molina de 39 anos sempre questionou a presença dos pedintes. Porém, segundo ela,  nos últimos meses, vem aumentando o número de moradores de rua. “Muitas vezes eles chegam de um maneira bem agressiva e intimidadora. Dá medo. Sempre acabo dando dinheiro para não me incomodar mais”, disse ela.

“Muitos foram casados e tiveram família e pela dificuldade de adaptação à instituição familiar, foram embora, até como forma de deixarem de ser um problema para os familiares. Outros têm problemas sérios com o álcool e preferem as ruas pela ‘liberdade’ e a falta de regras”, contou a assistente social Roberta Damião

Violências nas ruas

O perfil do morador de rua é marcado por problemas mentais, dependência química e alcoolismo. E, muitas vezes, gerando violência. Nos últimos meses, mortes de moradores de rua foram registrados. A última foi Henrique da Silva. Ele morreu espancado dentro da quadra de esportes da Praça Tiradentes, na Avenida Antônio de Almeida, no Retiro. Ele foi morto por espancamento na cabeça, segundo a PM.

Outro caso aconteceu na Praça Independência e Luz II, no Aterrado, onde um morador de rua foi espancado até a morte. Umamoradora foi encontrada morta num banco da praça Sávio Gama, em frente à prefeitura de Volta Redonda. Ela tinha família no bairro Três Poços, mas optava em viver nas ruas. Outro foi espancado na Praça da prefeitura na semana passada. Porém só foi um susto.

Ação no Aterrado

No mês de julho, uma força tarefa  – formada pela Guarda Municipal, Smac (Secretaria Municipal de Ação Comunitária) e a secretaria municipal de Infraestrutura (SMI) – fez uma operação para a retirada de pessoas em situação de rua que estavam morando embaixo da Ponte dom Waldyr Calheiros, que liga os bairros Aterrado e o Aero Clube.

Os moradores de rua foram orientados a procurar os programas oferecidos pela Smac de Volta Redonda como Abrigo Municipal e o Centro Pop. São projetos que atendem pessoas em situação de rua, dando todo o suporte necessário. Segundo fontes da Smac (Secretaria Municipal de Ação Comunitária), na época, nenhum deles procurou os serviços da prefeitura.

A equipe da SMI retirou os entulhos do local e fez uma limpeza com jato de água. Foi construído uma mureta para evitar que novos moradores de rua ocupem o local

“Moro aqui há 26 anos e sempre teve esse problema. Eram vizinhos incômodos. Havia brigas entre eles, uso de bebidas alcoólicos, barulhos, além constrangerem quem passam pelo local. Havia a falta de higiene pessoal, que prejudica a eles mesmo”, disse a senhora, na época, citando a ação da igreja que fornecia alimentos às pessoas em situação de rua. “Não recrimino a ação das igrejas, até porque elas fazem com boa vontade, mas chegou num momento em que estavam atrapalhando mais do que ajudando”, contou Abigail.

 

 


5 Comentários

    • Nathalia regina 12:50

      Hoje vindo de casa,parei na casa da minha mãe para deixa as minhas filhas com ela porque trabalho tinha uma morado de rua usando o hidrômetro da casa da minha mãe,parecia que ele estava fazendo nessidade.Achei um abessordo isso mostrei ao meu esposo,quando me esposo falou com o rapaz que não podia fazer isso que situava uma residência particular. Eu acho que já está na hora o prefeito faz algo com isso na cidade.

    • Fernanda Siqueira Souza Valle 18:10

      A prefeitura faz o que pode, e não é de hoje. Mas eles não podem pegar ninguém no laço e colocar no abrigo.

    • Rafael 08:25

      Nathalia Regina, o que é abessordo?

      • Raphael 20:10

        Sou de volta redonda,mas atualmente vivo em são Paulo,voltei 3 anos depois em vr e percebi uma coisa,que está mesmo cheio deles por aí , aqui em SP está lotado,concerteza a maioria não são de vr,ficam fazendo trecho por aí de cidade em cidade sem rumo nenhum,a maioria vindo do norte e nordeste,sempre com a mesma intenção de chegar em SP e quando do chegam aqui vivem do mesmo jeito não correm atrás de nada pra melhorar só ficam pedindo esmolas,bebendo cachaça e usando drogas e quando ganham roupas novas logo vão nas bocas de fumo trocar com drogas,por isso continuam andando sujos pelas ruas,nao e todo mundo mais a “maioria”,sr.prefeito porque não faz igual a prefeitura de Jundiaí SP,aqui não se pode ficar ninguém dormindo não rua não!se veio de fora pra melhorar então que corra atrás pra isso! agora se veio pra ficar de vagabundagem,que mande todos eles de volta cada um pra sua cidade!!

    • Aposentado 07:01

      Prefeitura coloca eles em abrigo

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