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Morte de travesti está ligada à disputa por ponto de prostituição



Por André Aquino, editor do TRIBUNA.


Uma das hipótese da morte de uma travesti em Volta Redonda foi a disputa por pontos de prostituição no bairro Aterrado, próximo ao edifício Redondo. A vítima de 26 anos foi assassinada a tiros na rua 544, no Jardim Paraíba, na noite de sexta-feira (12), próxima à sua casa. 

Ele foi identificado como Luan Cristian Pereira dos Santos, mas era conhecida como Luana Mendes. Nas redes sociais, através de stories, ela cita as possíveis ameaças, inclusive mencionando nomes de cafetinas – pessoas que aliciam outras para a prostituição. (veja o vídeo no final da reportagem).

As informações foram confirmadas por fontes policiais, de maneira extraoficial. Oficialmente, os agentes confirmaram apenas que a vítima fez um registro sobre ameaça. 

Segundo foi apurado pela equipe de reportagem, Luana cobrava R$ 150 por uma hora com local incluído. Ela anunciava os programas em páginas da internet.


O Crime

A Polícia Civil está investigando a morte. O jovem foi socorrido pelo Samu e levado ao hospital São João Batista, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito na unidade.

A polícia informou ainda que o jovem já tinha feito um registro na delegacia de Volta Redonda por ter sido vítima de ameaças. 

A ONG Volta Redonda Sem Homofobia acompanhará o fato e vai informar o caso para o Ministério Público e aos órgãos estaduais de Direitos Humanos e Contra a homofobia. 


Relatório 

Segundo dados de um relatório da organização, no Sul Fluminense, dez homossexuais foram assassinados nos últimos dois anos. Destes, 44% foram em Volta Redonda. A metade das vítimas, ainda segundo o relatório do Volta Redonda Sem Homofobia, são jovens entre 15 a 29 anos como ocorreu com a Luana. 

Os gays são os mais visados com 66%, seguido por trans com 22% e 12% lésbicas. Ainda segundo o levantamento, dos homicídios, 41% são por espancamentos; 33% com arma de fogo e 11% por arma branca como facada.

Os dados, divulgados neste ano, são referentes ao período de 1º de janeiro de 2018 a 31 de dezembro de 2020. Os dados foram entregues aos governos municipais, às organizações e ao Ministério Público e ao governo estadual.

 

 

 


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