Por Tribuna
Em entrevista a um programa de rádio na manhã desta segunda-feira (9), o prefeito Samuca Silva disse que não tinha dinheiro para pagar o suposto valor solicitado pelo vereador Paulinho Raio-X. A propina seria de R$ 325 mil.
O chefe do executivo disse ainda que os nomes dos outros dois vereadores que estariam possivelmente envolvidos foram citados por Paulinho e não por ele. A divisão seria de R$ 65 mil ao parlamentar preso e R$ 130 mil para os outros dois citados, segundo consta no processo.
— Quero deixar claro que não tenho esse dinheiro. Segui a orientação das autoridades (Ministério Público e Polícia Civil) para ter a materialidade do ato (de extorsão). Havia dinheiro no pacote, mas não tenho todo esse valor — disse o Samuca, que continuou: “fiz o que qualquer cidadão de bem faria”.
O primeiro contato do prefeito com o ministério público sobre o assunto foi feito em 12 de fevereiro deste ano. “Não posso falar muito para não atrapalhar as investigações”.
— Agora, cabe à justiça avaliar as provas e a julgar — disse.
Ele confirmou ainda que o Paulinho Raio-X escreveu do próprio punho o valor solicitado ao prefeito de Volta Redonda.
— Toda a materialização, com vídeo, áudio, entrega de dinheiro, está com a justiça — disse ele, que preferiu não comentar sobre o hábeas corpus que determina a soltura de Paulinho do Raio-X.
O vereador também foi afastado do cargo, mas sem a perda dos direitos e benéficos do cargo. Cabe à Câmara avaliar se o vereador pode perder o mandato ou não. O parlamentar está proibido de manter contato com os outros dois vereadores e com o prefeito, conforme determina a decisão da justiça.