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Neste ano, CSN prevê entregar resultado igual ou melhor que 2021




O grupo CSN, que produz aço, minério de ferro e cimento, gera energia e tem operações de logística, espera conseguir melhor o desempenho a partir deste trimestre e entregar em 2022 um resultado tão bom ou melhor que o obtido no ano passado. Essa é a expectativa de Benjamin Steinbruch, principal acionista, chairman e presidente executivo da companhia.

O empresário disse, em teleconferência com analistas e investidores, nesta quinta-feira (5), que os negócios da companhia, foram afetados, no período janeiro a março, por vários fatores. Ele cita a guerra da Rússia na Ucrânia, o avanço da covid-19 na China, altas das commodities e da inflação de custos.

“Optamos por privilegiar margens e preços nesse período, em todas atividades, transferindo todos os impactos de custos”, afirmou Steinbruch. “Faremos disso nossa principal bandeira”, disse Steinbruch.

Segundo ele, a empresa vai continuar trabalhando na redução de custos, adequação do capital de giro e manutenção da alavancagem financeira. “Os preços e margens serão melhores neste trimestre”, garantiu. “Estamos otimistas com o mercado e vamos priorizar o mercado interno, em aço e cimento”.
Na área financeira, Steinbruch disse que o objetivo da empresa é alongar e baixar o custo da sua dívida, com novas emissões de títulos, principalmente de certificados de CRI e CRA, e apoiados por bancos de desenvolvimento do exterior.

A empresa encerrou o trimestre com endividamento líquido de R$ 18,6 bilhões, com uma relação dívida líquida sobre Ebitda de 0,89 vez. O caixa ao final do trimestre foi de R$ 14 bilhões. “Ficamos confortavelmente abaixo do patamar de 1 vez e devemos baixar nos próximos com aumento de geração de caixa”, disse Marcelo Ribeiro, CFO e diretor-executivo de RI.

A mineração de ferro sofreu com as chuvas de janeiro e fevereiro, problema que ocorreu também no negócio de cimento, que registrou retração na receita e no Ebitda. Na CSN Mineração, boa parte da perda em volume (produção e vendas) foi compensada pelo aumento de preços da commodity do aço, gerando um valor médio quase o dobro do quarto trimestre.

A receita líquida ficou em R$ 3,86 bilhões, bem acima dos 2,4 bilhões do quarto trimestre, mas bem abaixo ante um ano atrás.

A empresa vê um cenário bom para o mercado de aço em 2022. Luiz Fernando Martinez, diretor-executivo comercial, informou que a demanda no país de aço plano deve crescer de 2,5% a 4% neste ano. “Para a CSN, projetamos em torno de 10% de aumento nas vendas”, afirmou.

O executivo disse que a empresa já implementou o aumento fatiado de 20% anunciado em abril. “Foram concluídos, agora no início de maio, na distribuição e indústria”. Ele prevê forte redução nas importações, com a volatilidade do câmbio e os problemas de demora de até 180 dias na entrega do produto.

A CSN informou que, após a decisão favorável, sem restrições, da Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), espera que o plenário do órgão antitruste aprove a compra dos ativos da LafargeHolcim no país até o fim de junho.


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