São Paulo – As moedas virtuais, como os bitcoins, estão ficando cada vez mais conhecidas no país. Mas, junto com a maior procura, começam a surgir problemas —e as reclamações se espalham na internet.

Além de atrasos para retirada, depósito, cadastro e transferência do dinheiro aplicado em grandes empresas intermediadoras da compra e venda de moedas virtuais, não param de pipocar pela rede sites suspeitos, que podem estar utilizando criptomoedas como fachadas para esquemas de pirâmide financeira.

Nos últimos vinte dias, aumentaram as reclamações contra as duas maiores empresas desse segmento no Brasil: Mercado Bitcoin e Foxbit, segundo levantamento feito pelo site Reclame Aqui.

Ambas as plataformas tinham, desde o início de novembro, até 15 reclamações por dia registradas no site de queixas dos consumidores. Mas esse número disparou desde o final do mês passado.


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O recorde de reclamações por dia contra a Mercado Bitcoin foi de 192 registros, em 13 de dezembro. Já contra a Foxbit, o pico de queixas foi em 8 de dezembro, com 50 reclamações em 24 horas.

A negociação de moedas virtuais funciona assim como o investimento em ações. O cliente cria uma conta em uma empresa de intermediação, transfere o dinheiro para ela e, a partir do momento que o valor estiver disponível, pode fazer operações de compra e venda online.

É no meio desse processo que as pessoas estão enfrentando dificuldade. Segundo o Reclame Aqui, a maior parte das queixas registradas envolve a demora na transferência e depósito de dinheiro para as empresas intermediadoras e também limitações de saques.

Pessoas chegaram a relatar que o dinheiro transferido para algumas dessas companhias estava “congelado” por mais de uma semana —ou seja, o valor demora para entrar na conta e, enquanto isso, os clientes ficam impedidos de negociar as moedas virtuais.


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