Artigo

Os avanços em alta complexidade da saúde de Resende



Por José Roberto de Oliveira Júnior


Os serviços na saúde em Resende são muito elogiados. Principalmente quando se fala da atenção básica onde muitos já perceberam os avanços. Mas, e os serviços mais qualificados que só encontramos na rede privada ou fora da cidade? Alguns afirmam que a nossa cidade não avançou em nada nesse ponto. E, não poderiam estar mais enganados sobre isso.

Primeiramente, precisamos deixar claro que a Alta Complexidade na saúde se trata de todo um conjunto de procedimentos que, de acordo com o SUS, depende de alta tecnologia e alto custo. O seu objetivo é promover a população o acesso aos serviços mais qualificados.

O município quando é uma referência nesses procedimentos recebe o auxílio do Governo Federal que realiza repasses através do Ministério da Saúde para auxiliar nos custos dos procedimentos e também para se fazer novos investimentos no setor. Mas, para isso, é preciso que o município seja habilitado para determinado serviço de alta complexidade. Para que um serviço seja habilitado é preciso que haja demanda e estrutura adequada para que ele seja ofertado na região. Os processos de habilitação são longos e geralmente levam de 6 a 8 anos para serem concluídos.

Historicamente o município de Resende nunca pleiteou serviços de alta complexidade devido o sistema de saúde ser controlado por grupos privados que são muito fortes e não gostariam que o SUS concorresse com os serviços privados que são prestados. Um avanço é que a gestão atual quebrou esse costume e foi a primeira vez que Resende tomou a ação de entrar com pedidos de alta complexidade em suas unidades próprias (HME).

Relembro que até o ano de 2018, os processos de neurocirurgia estavam suspensos do Hospital de Emergência há praticamente 15 anos. Esse serviço era ofertado na região pelo Hospital Dona Lindu na Paraíba do Sul e pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) no Rio de Janeiro. Na época, o paciente precisava abrir um cadastro no sistema de regulação do Ministério da Saúde e era obrigado a ficar em uma fila de espera por um prazo médio de 3 a 4 meses só para marcar a cirurgia.

A volta dos processos de neurocirurgia fazem parte de outro avanço para o município que realiza os procedimentos utilizando recursos próprios. Junto a eles, o Hospital também passou-se a oferecer cirurgia de prótese de fêmur e joelho. Algo que antes só se encontrava na rede privada ou fora da cidade. E hoje, por meio da gestão atual, está em andamento o processo de habilitação para esses serviços. Alguns outros pedidos de habilitação, como é o caso dos serviços em Hemodinâmica e Cirurgia Cardiovascular no Samer e também em Ortopedia no Hospital de Emergência, se encontram em andamento.

Gostando ou não do atual prefeito e toda a sua equipe técnica, é indiscutível que a saúde em Resende caminha para outro patamar e hoje é uma referência forte no estado do RJ. É importante recordarmos que, em 2016, a Santa Casa chegou perto de fechar as portas. Nessa época, o local estava com a sua estrutura toda comprometida e possuía longas filas de espera em vários procedimentos que tiveram de ser solucionadas com vários mutirões em 2017. Quando analisamos de lá pra cá, percebemos que o município avançou e muito no setor e até mesmo nos serviços mais qualificados.


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