Cidades

Passageiros são ameaçados e assaltados em ônibus




Passageiros de um ônibus da Viação Nossa Senhora do Amparo foram assaltados e ameaçados por três criminosos, na manhã desta quinta-feira (3), na Avenida Brasil. O trio entrou no coletivo no momento em que quatro pessoas desembarcaram na altura do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), em São Cristóvão, Zona Norte. O grupo obrigou o motorista a retornar e dirigir até o Complexo da Maré.

O ônibus havia saído de Ponta Negra, em Maricá, e seguia em direção ao Centro do Rio, quando foi alvo dos criminosos. De acordo com relatos, um dos assaltantes ficou próximo ao motorista enquanto os outros dois pegavam os pertences das vítimas.

“Um deles apontava a arma para o motorista e os outros revistavam um por um, levaram anel, cordão de ouro, celular e carteira, levaram tudo. Além disso, algumas pessoas foram ameaçadas, falaram que iam dar tiro para o alto, revistaram todo mundo, deram coronhada e tapa na cara. Levaram até a mochila de um rapaz e deixaram ele só com a marmita na mão. Isso durou cerca de 30 minutos. A gente ia para o Castelo e eles fizeram o retorno e não sabemos muito bem aonde passamos porque eles falaram pra abaixar e fechar a cortina”, explicou o bombeiro civil Thiago Santos.

Um dos passageiros, que preferiu não se identificar, relatou que essa é a quarta vez em um intervalo de duas semanas que o coletivo é alvo de bandidos. “Dos assaltos que eu já estive presente, esse foi o pior, bateram no passageiro, humilharam, fizeram o escarcéu, é impossível que hoje alguém aqui esteja tranquilo, eles abusaram mesmo. Só tinha senhores e senhoras, um deles levou um tapa na cara. Aonde nós vamos chegar? Eles colocaram a arma na minha boca pra ver se meu cordão era de ouro. O ônibus ia pro Centro e eles fizeram o motorista retornar e voltar até a Maré, obrigou os passageiros a fecharam as cortinas, foram momentos de terror”, contou.

O que chamou a atenção dos passageiros no assalto foi a forma ríspida e ameaçadora com que os assaltantes se dirigiam. “Com muita violência e arrogância, eles começaram tirar os pertences dos passageiros. Eu saio de Maricá por volta de 4h e chego no Rio às 6h. Eu estava dormindo e acordei com eles dentro do ônibus já. Era uma pressão psicológica, falando alto, palavrões e ameaçando. Eu só orava, não esbanjei reação porque não tinha como. Eu só queria sair daquela situação”, desabafou o comerciante Dalton Vicera, 55 anos.


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