Por Tribuna
O presidente da Associação dos Caminhoneiros Autônomos do Sul Fluminense, Nelson Junior, não descartou a possibilidade de greve. A declaração foi dada, com exclusividade ao TRIBUNA, na manhã desta quarta (24). Ele está em Brasília para se encontrar com o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, para debater o impasse envolvendo a tabela de cobranças de frete mínimo. O encontro será às 15 horas.
– Teremos uma reunião entre as lideranças (dos caminhoneiros) agora na parte da manhã para alinharmos e falarmos a mesma língua. O que mais tememos, na reunião com o ministro, é o governo pedir mais prazo para a categoria. Caso isso ocorra, não descartamos a possibilidade de greve – disse Nelson Júnior.
No final de semana, os caminhoneiros demonstraram descontentamento com a metodologia aplicada na resolução da ANTT, elaborada em parceria com a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, sobre o piso mínimo de frete.
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Os caminhoneiros questionam alguns pontos da resolução que consideram como “diferenças conceituais entre o valor do frete e o piso mínimo” . Entre eles, está a própria definição do valor de frete. Em razão disso, o ministério sugeriu à ANTT a alteração em um artigo da norma para melhorar a compreensão das diferenças conceituais entre o valor do frete e o piso mínimo.
Outro ponto é o fato de a resolução excluir do cálculo do piso mínimo, os valores de pedágio que podem ser pagos pelos caminhoneiros. Isso poderia abrir brecha para se praticar os fretes sem considerar os valores de pedágio apesar de estar previsto na lei que criou o piso mínimo de frete.