Volta Redonda – A prefeitura arrematou nesta terça (12) o Hospital Santa Margarida por R$ 11 milhões, em um leilão realizado no Fórum de Volta Redonda. A venda foi rápida, já que o leilão começou por volta das 14h30 e terminou por volta de 14h45min. O município pagou R$ 6,5 milhões à vista.
A Câmara Municipal havia autorizado a prefeitura a pagar R$ 11 milhões, sendo R$ 6,5 milhões à vista e R$ 4,5 milhões em 60 parcelas, com valor inicial de R$ 75 mil e correção pelo IPCA. Desse valor parcelado, R$ 3,5 milhões se referem a créditos da própria prefeitura com a massa falida do hospital. R$ 1 milhão são créditos do governo estadual e será pagos parceladamente.
Embora o Hospital Santa Margarida tenha a estrutura física pronta e conte com diversos equipamentos, o secretário municipal de saúde, Alfredo Peixoto, afirmou que a necessidade de fazer adequações é grande e que a utilização completa do estabelecimento de saúde deve ocorrer por volta do fim de 2018.
O prefeito Samuca Silva (Podemos) informou que vai levar técnicos do Ministério da Saúde ao hospital recém-adquirido para fazer uma visita técnica, que também servirá para determinar as adaptações que serão necessárias.
O Hospital Santa Margarida será transformado em hospital de especialidades, como anexo do Hospital Munir Rafful. A prefeitura deve implantar no local, entre outras formas de atendimento médico, um centro de hemodiálise. As estimativas da própria prefeitura são de que a rede pública de saúde deve ganhar aproximadamente 200 leitos com o novo hospital, para uma capacidade atual de 288 leitos.
O Hospital do Idoso, que já está sendo instalado no prédio onde funcionava a Clínica São Camilo, na Vila Santa Cecília, vai contribuir com mais 60 leitos, destinados ao atendimento prioritário da clientela com mais de 60 anos. Com isso, a rede municipal chegará a 548 leitos.
Oportunidade
O prefeito Samuca Silva disse que viu a compra do Hospital Santa Margarida como uma oportunidade muito boa:
— Adquirir uma estrutura como essa por R$ 11 milhões, desembolsando apenas R$ 6,5 milhões à vista, foi um ótimo negócio. É verdade que teremos de fazer adaptações, mas o custo não vai chegar nem perto do que foi gasto no Hospital Regional, que, juntando as obras civis com os equipamentos, vai custar mais de R$ 100 milhões — avaliou.
Sem promessa
O prefeito também disse que, durante a campanha, foi o único candidato a não mencionar a questão do Santa Margarida: “E nunca prometi esse hospital, mas via a oportunidade e a aproveitei. Gosto mais de fazer do que de falar”, disse.