Por Tribuna 

Desde o início da pandemia, a prefeitura de Angra dos Reis adquiriu 10 mil testes rápidos para o Covid-19. Cada um saiu aos cofres públicos por R$ 220 – totalizando um gasto R$ 2,2 milhões.

A compra do governo municipal foi sem processo licitatório por conta do estado de emergência. A empresa favorecida foi Lemarc produtos médicos e hospitalares Eireli, que fica na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, no Rio.

O processo de compra iniciou em 23 de março e terminou no último dia 20, com o pagamento do empenho. A verba veio do Fundo Municipal de Saúde.

Além da compra, a cidade recebeu outros 2,5 mil testes rápidos – totalizando 12,5 – menos de 10% da população da cidade.

Na última atualização da secretaria municipal de Saúde, no final da tarde de segunda-feira (22), 1.505 pessoas deram positivos com o teste rápido. Não foi informado quantos deram negativos.

Angra dos Reis é o epicentro da doença na região. Até agora, a cidade litorânea registrou 75 mortes pela doença. E tem ainda: 11 óbitos sob suspeita da doença.

Nota da secretário de Saúde Rodrigo Muchelli

Nós, em Angra dos Reis, estamos fazendo uma busca ativa com a finalidade de fechar um diagnóstico precoce da Covid-19. Desta maneira, fazemos o teste rápido no paciente que chega sintomático nas tendas de pré-atendimento (sete dias).

Se der negativo, mas a pessoa apresentar sintomas respiratórios, efetuamos a notificação do caso e uma equipe de Vigilância Epidemiológica vai à casa do usuário fazer uma nova testagem. Hoje já ampliamos o núcleo móvel para vários núcleos fixos, localizados nos ESFs dos cinco distritos.

Dessa forma, conseguimos identificar e também fechar o diagnóstico precoce. É por esse motivo que temos um número alto de casos confirmados, pela busca ativa de localizar o vírus e os pacientes com o vírus, conseguindo fazer barreiras sanitárias nos bairros onde são encontradas maiores incidências de casos da doença