Um jovem acusado de matar um idoso queimado no mês passado em Paraíba do Sul (RJ) foi preso na manhã desta segunda-feira (13). O suspeito, de 22 anos, estava vivendo a maior parte do tempo em uma área de mata às margens da Estrada Prefeito Antônio da Cruz Barros, no bairro Eldorado. Para se esconder, ele chegou a levar para a mata um sofá e cobertores.
O idoso foi assassinado na madrugada do dia 19 de outubro. A vítima tinha 67 anos.
De acordo com a Polícia Civil, a investigação apontou que o crime foi motivado por vingança: o idoso estava sendo acusado de tentar molestar uma menina de 8 anos, irmã do jovem acusado pelo homicídio, e ainda estaria mexendo com a namorada deste rapaz, de 14 anos, quando ela passava na rua.
Ainda segundo a Polícia Civil, antes do crime, o jovem procurou o idoso para tirar satisfação, mas ele teria reagido com deboche. Para cometer o homicídio, o suspeito teria retirado a gasolina do tanque do carro de seu pai e levado até a casa do idoso em um balde.
A Polícia Civil apurou também que, quando estava no quintal, o idoso percebeu a movimentação e foi até a porta. Neste momento, o jovem jogou a gasolina do balde sobre ele e ateou fogo — as chamas também atingiram uma cortina e se alastraram por todo o imóvel.
Durante a perícia no local, o balde foi encontrado no quintal da casa incendiada. Os agentes apuraram que esse balde pertencia à mãe do acusado e era usado por ela para colocar roupas sujas.
Uma semana depois do crime, essa mãe e um vizinho foram presos por suspeita de envolvimento na morte do idoso — ambos chegaram a ameaçar a vítima.
Em mais um passo da investigação, a Polícia Civil concluiu que, apesar das ameaças, essas duas pessoas não atuaram diretamente no homicídio e elas foram soltas no dia seguinte.
No dia 28 de outubro, com base em um inquérito apresentado pela delegacia de Paraíba do Sul, a Justiça expediu um mandado de prisão temporária por homicídio contra o acusado. Desde então, ele vinha sendo procurado, mas estava se escondendo na mata. A prisão nesta segunda-feira foi feita graças a uma ação conjunta entre as polícias Civil e Militar.