Educação

Rede estadual volta às aulas; confira os protocolos




As aulas na rede estadual de ensino voltam ao modo 100% presencial nesta segunda-feira (7). São cerca e 678 mil estudantes, majoritariamente do Ensino Médio.

O protocolo sanitário dos colégios do estado também prevê uso de máscara obrigatório, distanciamento na sala de aula e disponibilização de álcool em gel. Cartazes informativos serão espalhados pelas unidades.

A grande diferença do protocolo estadual é que o isolamento começará a ser feito ainda dentro do colégio: é previsto um espaço reservado para o estudante com sintomas, enquanto não houver o resultado do teste de covid.

Os jovens de 12 a 17 anos já foram vacinados pelo menos com 1º dose e aguardando o prazo da segundo dose, assim como também as crianças de 6 a 11 anos.

Sepe é contra o retorno das aulas 

Depois de dois anos letivos com ensino à distância ou híbrido, por causa da pandemia de covid-19, os estudantes das redes estadual retornam nesta segunda-feira (7) às salas de aula. Apesar da volta, os profissionais da educação estão apreensivos. Para o coordenador-geral do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe-RJ), Gustavo Miranda, o retorno deveria estar vinculado ao avanço na vacinação dos estudantes.

“As pessoas têm que ser responsabilizadas pelo não retorno imediato às aulas presenciais, quem não produziu ou distribuiu a vacina rápido, voltando só quem já está vacinado. Sabemos que é péssimo, mas existe o paliativo das aulas síncronas, então quem não vacinou vai ter aula on-line, como está sendo feita, transmitida, até vacinar. E os pais e responsáveis que optarem por não vacinar seus filhos vão se responsabilizar perante a Justiça e perante a sociedade, inclusive em relação a seus filhos, pelo não retorno deles. Vacinação não é um caso de decisão individual”.

Miranda ressalta que muitas escolas não têm condições estruturais para colocar em prática os mecanismos de distanciamento exigidos para minimizar o espalhamento do vírus.

“O revezamento é um paliatio, ele é péssimo pedagogicamente, na medida em que o estudante necessita do convívio com outros estudantes para se desenvolver pedagogicamente, mas foi a saída encontrada. A gente era a favor do rodízio porque as escolas não foram, e não estão preparadas agora para receber as turmas lotadas. Porque o processo de climatização, que avançou devido à luta do sindicato e da pressão da sociedade, fez com que as salas ficassem adaptadas para salas fechadas, com ar-condicionado, não tem janelas, então como você vai colocar 40, 50 alunos lá?”

Segundo os protocolos da SME, o uso de ventilador e ar-condicionado nas salas de aula é permitido “desde que sempre com a porta e as janelas abertas para possibilitar a circulação do ar”.

Miranda também critica o afrouxamento dos protocolos definidos para o isolamento das pessoas que testarem positivo para a covid-19, que passou de dez para sete dias. “A Ômicron é menos letal, mas ela se dissemina rápido, portanto era preciso manter a lógica de isolamento”, alerta.

“Existe uma política no caso de contaminação das escolas que o governo foi afrouxando. No caso, afasta só a criança, não fecha a turma. Isso é um perigo, porque na verdade você corre mais riscos de contaminação da turma. Nós achamos que é preciso cautela. Estamos falando de ambientes em que circulam 1.500 pessoas, não é um ambiente pequeno. Salas cheias, escolas grandes”.


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