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Região: Polícia Rodoviária está de prontidão para cumprir ordem de Temer



Embora não haja interdição das rodovias federais que cortam o Sul Fluminense, a Polícia Rodoviária Federal está aguardando ordens das instâncias superiores da entidade federal para cumprir a determinação do presidente Michel Temer. Em pronunciamento, ele disse que acionou forças federais para desbloquear estradas

Não há bloqueio, mas os caminhoneiros estão impedindo que outros motoristas sigam viagem no trecho do Sul Fluminense. Isso acontece nas três rodovias federais: Via Dutra, BR-393 (Lúcio Meira) e BR-101 (Rio-Santos).

Temer optou por acionar as forças federais depois de se reunir com ministros para uma “avaliação de segurança” sobre a situação no país, já que a greve continuou. Em razão da paralisação, setores da economia já sofrem com o desabastecimento. O transporte coletivo em diversas cidades foi afetado, indústrias pararam atividades e voos começaram a ser cancelados por falta de combustível nos aeroportos

Prefeitos se reúnem para debater impactos da greve dos caminhoneiros na região

Prefeitos da Região Sul Fluminense se reuniram na manhã desta sexta-feira, dia 25, no auditório da CDL de Volta Redonda para conversar sobre os impactos nos municípios, provocados pela greve dos caminhoneiros pelo País. Com mais de 1,2 milhões de habitantes, a região já sofre com a falta de alimentos nos comércios e combustível nos postos. Isso afeta serviços como o transporte público que é composto de 1.029 ônibus e atende 15 cidades da região, tendo 13 milhões de passagens vendidas por mês.

Serviços essenciais de saúde e educação, além da coleta de lixo, que produz cerca de 900 toneladas por dia na região, também estão sendo prejudicados. O prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva, explicou que os serviços de saúde da cidade estão mantidos até terça-feira, o combustível foi racionado e o recolhimento de lixo está garantido até domingo pela empresa terceirizada. As viagens para fora do estado estão suspensas, sendo mantidas apenas as da saúde para a capital do estado. Samuca ressaltou que o encontro foi essencial para que os municípios troquem as informações necessárias.

“Os prefeitos estarem aqui hoje é uma boa oportunidade para a troca de experiência entre as cidades. Pedimos à população que dê uma atenção especial aos serviços públicos, principalmente à coleta de lixo, que ajude a todos nós nesse momento de crise”, afirmou Samuca Silva, lembrando que as aulas da rede pública de Volta Redonda estão suspensas até segunda-feira, afetando mais de 45 mil alunos.

No município vizinho de Barra Mansa, a frota de veículos do transporte coletivo foi reduzida e as escolas municipais também seguem com aulas suspensas, afetando cerca de 20 mil estudantes. O prefeito Rodrigo Drable informou que a cidade também está sofrendo em diversos setores com os impactos da greve.

“É importante essa reunião para que façamos uma representação pública sobre como está a situação na região. A coleta de lixo em Barra Mansa vai até, no máximo, segunda-feira. Esperamos que a greve acabe e os preços dos combustíveis caiam. Pelo menos para abastecer os veículos que realizam serviços essenciais”, comentou.

Em Pinheiral, o prefeito Ednardo Barbosa afirmou que os serviços essenciais já se encontram bem comprometidos. “Tínhamos a preocupação com a greve e sentimos a necessidade de passar para a população quais os reflexos estamos sentindo. Demos prioridade às ambulâncias e à coleta de lixo, que deve parar a partir deste sábado”.

Também presentes da reunião, o prefeito de Rio Claro, José Osmar de Almeida, e o vice-prefeito de Piraí, Francisco Perota, destacaram a importância de os municípios debaterem entre si possíveis soluções para garantir os serviços públicos nesse momento de greve.

“É um momento de esclarecer à população os dois lados. A nossa educação parou. Os 11 ônibus da prefeitura não estão circulando, porque não tem combustível. A coleta de lixo também foi interrompida”, disse o prefeito de Rio Claro.

“Nos reunimos para debatermos uma solução para os problemas gerados em função da greve dos caminhoneiros. A coleta está prejudicada em alguns bairros de nossa cidade. Alguns serviços de saúde só funcionarão até segunda-feira. Outros serviços não essenciais já não estão ocorrendo”, explicou Francisco Perota.

Durante a reunião, os prefeitos acordaram aguardar até domingo, quando se está prevista uma nova reunião para definir possíveis medidas a serem tomadas pelos municípios, caso a greve dos caminhoneiros não acabe. Eles ressaltaram ainda que, mesmo que a paralisação dos caminhoneiros seja finalizada, os serviços públicos levarão um tempo para se normalizarem.


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