O ex-lutador de jiu-jítsu e professor da arte marcial Relson Gracie, de 66 anos, foi solto nesta terça-feira (28) depois que a Justiça Federal revogou sua prisão preventiva.
Relson, no entanto, teve de entregar o passaporte, está proibido de deixar o Brasil e precisará se apresentar todo mês à Justiça.
Relson estava na carceragem da Delegacia da Polícia Federal em Volta Redonda, no Sul Fluminense, depois de ter sido preso em flagrante no último sábado (25), pela Polícia Rodoviária Federal, acusado de tráfico de drogas.
O ex-lutador foi solto depois que alegou que fazia uso das substâncias apreendidas para tratamento terapêutico para insônia e dores.
Relson afirmou que trouxe os produtos dos Estados Unidos, onde mora e tem autorização legal comprar substâncias com canabidiol — um princípio ativo da planta da maconha.
Em sua defesa, Relson Gracie alegou que usaria os produtos nos meses em que permaneceria no Brasil, a trabalho, onde pretendia dar aulas e palestras em centros de treinamento de jiu-jítsu no RJ.
Cães farejaram produtos
Filho de Helio Gracie, criador do jiu-jítsu brasileiro, Relson tinha chegado dos Estados Unidos na sexta-feira (24). O voo de Los Angeles pousou no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Da capital paulista, ele pegou um ônibus em direção ao Rio.
O veículo foi alvo de uma blitz na Via Dutra, na altura de Piraí, no Sul do estado. Cães farejadores da PRF encontraram diversos produtos contendo derivados de canabidiol.
Entre eles havia material aparentando ser skunk, um tipo de maconha mais potente, e derivados da droga em formato de creme, óleo e erva.
No fim do ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a liberação da venda em farmácias de alguns produtos à base de cannabis para uso medicinal no Brasil.
A regulamentação foi aprovada por unanimidade e é temporária, com validade de três anos. Fonte G1
