Indignada com a demora do rabecão, veículo dos Bombeiros que remove cadáveres, a mãe da vítima que morreu no confronto com o Bope no Camorim Grande, na cidade litorânea, simplesmente colocou o corpo do filho num carrinho de mão e fechou a pista da BR-101 (Rio-Santos), em frente à comunidade. O fato aconteceu na tarde deste sábado(28), por volta das 16 horas.
Segundo ela, a família estaria esperando por mais de 26 horas a remoção (desde 14 horas de sexta-feira, dia 27). Ela fez o mesmo com a outra vítima no confronto do Bope. Em 48 horas, sete homicídios foram registrados na cidade litorânea, dando uma média de um assassinato a cada seis horas.
A manifestação, que durou pelo menos um hora, só terminou com a chegada da Polícia Rodoviária Federal, que liberou a pista.
Segundo a Polícia Civil, os agentes foram informados dos corpos na manhã deste sábado. O perito estava disponível, porém, para entrar na comunidade, é necessário o acompanhamento da Polícia Militar, que estava em uma ação em outra localidade.
Ainda segundo eles, quando os agentes estavam liberados, os corpos já haviam sido removidos por moradores. A polícia informou ainda que como a cena do crime foi desfeita, a perícia será realizada apenas no Instituto Médico Legal (IML).
A pista ficou inteditada nos dois sentidos por uma hora. Por volta das 17h30, a pista havia sido liberada e os corpos encaminhados ao IML.