Todos os finais de ano até o Carnaval um movimento de jovens – intitulado como ‘rolezinho’ ou ‘isoporzinho’ – perturbam a paz de moradores de Volta Redonda. Por outro lado, os jovens alegam que “querem apenas se divertir”.
Os bairros mais críticos são: Vila Santa Cecília, Sessenta, Vila Mury, Volta Grande e São Sebastião.
Na noite desta sexta (28), por exemplo, moradores dos bairros Vila Santa Cecília e Sessenta voltaram a reclamar do movimento, que ocorreram na Praça Pandiá Calógeras. O local fica na divisa dos dois bairros (foto acima)
Lá, segundo os moradores, o som alto, consumo de bebidas alcoólicas por adolescentes e, até mesmo, de drogas e atos sexuais.
“É uma zona total”, resumiu, sem medir as palavras, o aposentado Cirilo Aguiar, 64 anos, morador da Sessenta: “Sabemos que eles são jovens, mas tudo tem limite”.
Eles sempre chegam em grupos e, normalmente, com garrafas de destilados na mão – adquiridos em supermercados: “É mais barato”, conta um adolescente de 17 anos: “Nenhum supermercado exige documentação: deve ser porque pareço mais velho”, assumiu.
Os encontros são marcados pelas redes sociais e alto som – predominantemente funk – vem das caixas de som dos carros que ficam no entorno da praça. “É uma diversão nossa”, continua o adolescente.
Porém, festa não tem a autorização da prefeitura. No período em que a equipe de reportagem do TRIBUNA esteve na praça, nenhuma viatura da Polícia Militar e da Guarda Municipal passou no Rolezinho.
Na véspera de Natal, a Polícia Militar terminou com a festa clandestina no bairro Eucaliptal, gerando um corre corre entre os frequentados (veja o vídeo abaixo)
No Natal, o bairro São Luiz teve essa festa, que os frequentadores chamaram de “Baile a Fantasia”. A Polícia Militar apreendeu veículos irregulares (veja a foto)
Outro ponto crítico é na Beira-Rio na Volta Grande, na região do Santo Agostinho. Por um período, as festas pararam, mas voltaram em seguida. Meses atrás, guardas municipais foram agredidos.
Não há uma legislação específica para proibição dessas reuniões. No entanto, vender bebidas para menores, som alto, consumo de entorpecentes e interromper vias públicas são infrações e crimes, podendo a polícia e a guarda intervirem nesses atos.