Volta Redonda

Sem o último adeus: famílias têm restrições em velórios na região



Por Tribuna

Com avanço da pandemia e a determinação de evitar aglomerações, familiares relatam a dor de enterrar um ente querido com o velório restrito.Ou sem os abraços de pêsames entre os amigos.

Em Volta Redonda, a Capela do Aterrado não está funcionando para evitar aglomeração. Os corpos são levados diretamente aos cemitérios onde será o sepultamento. A limitação na cidade é de quatro pessoas.

— No momento tão triste, temos essa restrição. Mas sabemos da importância da medida. Que fique os momentos bons — disse Joana Carvalho, 38 anos, que perdeu para o câncer a sua avó na semana passada.

Em Barra Mansa, os velórios no período noturnos estão suspensos. A recomendação era de não ter cerimônia de despedida. Mas, agora, podem entrar no máximo cinco pessoas na capela. Isso vale também para os cemitérios particulares das duas cidades.

— Queríamos dar o último adeus, mas não podemos. Entendemos a medida, mas sensação é que meu pai morreu sozinho — disse João Augusto Gomes, de Barra Mansa. A morte foi de causa natural.

O sepultamento de familiares de pessoas com suspeitas de coronavírus é ainda mais sofrido. Segundo recomendação da Organização Mundial de Saúde, o paciente não tem velório (ou caixão lacrado) e precisa ser cremado. Em Volta Redonda, mesmo que ainda não houve confirmação, dois irmãos seguiram esse procedimento. (Foto: Arquivo).

 


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