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Sindicato denuncia trabalho análogo à escravidão na Saint Gobain



Por Tribuna (*)

Em seu site, o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense denunciou um possível trabalho “análogo a escravidão” na fábrica da Saint Gobain, em Barra Mansa. A denúncia foi publicada nesta semana. Segundo o órgão sindical, há denúncias de funcionários a respeito das péssimas condições de trabalho.

De acordo com o sindicato, funcionários vêm denunciando jornadas excessivas de trabalho e afastamento de trabalhadores por conta de doenças ocupacionais.

A queixa dos funcionários, segundo o sindicato, está relacionada ao aumento dos casos de acidente de trabalho na área de Centrifugação da Saint Gobain. O agravante é que a empresa, sequer, tem comunicado esses casos ao sindicato.

Em nota divulgada no seu site, o sindicato diz que os funcionários estão sendo impedidos até de “usar o banheiro” em determinados momentos para que haja aumento na produção. Também há relatos de desrespeito à folga após o zero hora.

O Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense informou que essas denúncias revelam “um verdadeiro regime de escravidão” e que cobrou providências da empresa.

Ao sindicato, os representantes da Saint Gobain informaram desconhecer os fatos relatados pelos funcionários.

Nota da SaintGobain 

A Saint-Gobain é globalmente reconhecida pelo respeito às leis vigentes e sua atuação rigorosa em relação à segurança e ao bem-estar de seus colaboradores, bem como pela implementação das melhores práticas para gestão da saúde e preservação do meio ambiente. Ressalta que seus funcionários são treinados e incentivados a agir de forma responsável, recebem todas as condições e equipamentos adequados para preservar a sua segurança. A respeito do conteúdo da nota divulgada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense a empresa informa que está apurando as denúncias e trabalhando junto a instituição para esclarecer todos os pontos citados. A Saint-Gobain Canalização em Barra Mansa (RJ) fabrica tubos e conexões há mais de 80 anos no País.

Nota do Sindicato dos Metalúrgicos

“Trabalhadores da empresa Saint Gobain vêm denunciando as péssimas condições de trabalho. A queixa tem haver com inúmeros acidentes ocorridos, principalmente, na área da centrifugação, que só este ano já contabilizou três acidentes. E, o pior, a empresa não está emitindo o CAT e nem registrando os acidentes.

A direção do sindicato já entrou em contato com os representantes da empresa, que diz desconhecem os fatos.

Há várias denuncias também sobre a excessiva jornada de trabalho, que é consequência das inúmeras demissões e também do  afastamento de trabalhadores por doenças ocupacionais ou acidente de trabalho.

Caso seja confirmada a denúncia, o sindicato entrará com pedido de fiscalização ao Ministério do Trabalho e Emprego.

Sem folgas e produção a qualquer custo

Além da pressão na produção, que muitas vezes impede o trabalhador até de ir ao banheiro, tem também o desrespeito à folga após o zero hora, que a empresa está dividindo em dois dias, determinando que seja sempre às quartas-feiras, que nunca dá pra folgar, e aos domingos. 

As denuncias que chegaram ao sindicato relatam um verdadeiro regime de escravidão e que não estão aguentando mais. Há relatos de que a convocação do dia seguinte, quase sempre, é feita ao final do dia, para prorrogarem duas horas de serviço, mesmo já sem nenhuma condição física. 

Assim, os trabalhadores pedem socorro e o sindicato está intermediando a situação com a maior urgência possível já que o risco de acidentes mais graves está, cada vez mais, eminente. 

Sobrecarga de trabalho virou rotina

Trabalhadores mecânicos de manutenção do setor da Centrifugação da Saint Gobain estão reclamando da sobrecarga e do desrespeito às normas de segurança, que estão sendo descumpridas já que a exigência é de dois mecânicos por turno, o que tem os deixados vulneráveis ao risco de acidentes. O sindicato já alertou a empresa e aguarda mudança.

(*)Com informações do RJ Interior

 


1 Comentários

    • pLeno 13:24

      eita desespero de causa do sindicatos ou deveria ser chamados de FALICATOS

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