Por Tribuna
Está marcado para a próxima segunda-feira (29) uma audiência de um dos suspeitos de ter matado, por espancamento, uma menina de três anos em março de 2018. A audiência será no Fórum de Porto Real e conduzido pela juíza Priscila Dickie Oddo, da vara única da cidade.
Segundo a acusação, a criança (Anitta Mylena de Oliveira Reis, de 3 anos) morreu depois de ser espancada pelo padrinho Clerison Kleber Martins, que cuidava dela. Fabrissa Rocha, que é companheira do suspeito, também está presa por omissão. Eles são amigos dos pais da criança, que estão presos desde 2017, por envolvimento com o tráfico de drogas.
Os dois vão responder por homicídio triplamente qualificado, com pena que pode chegar a 30 anos de prisão.
Manifestação
Neste sábado (27), amigos e familiares da menina farão uma manifestação pacifica pedindo justiça no caso. O protesto será às 17 horas nas ruas da Vila Elmira, em Barra Mansa. Os participantes irão vestir camisas brancas. O bairro é onde mora os familiares da menina.
O Caso
Clérison foi preso quando levou a menina Anitta ao Hospital Municipal São Francisco de Assis, onde ela já chegou morta. Na ocasião, foi preso porque contra ele havia um mandado em aberto por outros crimes.
A história foi descoberta, quando policiais militares foram até à unidade médica checar a informação de que uma menina deu entrada no hospital sem vida e sem lesões aparentes.
Sobre a criança, o suspeito contou aos policiais militares que tinha dado alguns tapas na menina, inclusive na cabeça, como corretivo. Mas, segundo o envolvido, a criança estava dormindo quando percebeu que ela estava passando mal.
Ainda de acordo com a PM, durante a conversa, foi constatado no sistema que havia um mandado de prisão por tráfico de drogas e por porte ilegal de arma em aberto contra ele, que foi preso e conduzido à 100ª DP.
Uma perícia do IML de Resende confirmou Anitta Myllena de Oliveira Reis, de 3 anos, havia sido espancada até a morte. Ela foi agredida nas pernas, braços e cabeça. Anitta e a irmã, de 10 anos, são do bairro Vila Elmira, em Barra Mansa, e moravam com o casal em Porto Real.