Por Tribuna

Em entrevista por telefone ao TRIBUNA, no início da tarde desta segunda-feira (20), o vereador Gilmar Lelis disse que teme pela sua própria vida e da sua da família. Ele dará entrada a pedido de proteção a testemunha.

A medida será tomada pelos seus advogados após o parlamentar denunciar esquema de compra de votos em Barra Mansa ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ).

A operação resultou em uma operação para cumprir 11 mandados de busca e apreensão na prefeitura e na Câmara dos Vereadores, além do afastamento do prefeito Rodrigo Drable e dos dois vereadores – Paulo Chuchu e Zélio Show.

O vereador também denunciou esquema de supostas empresas fantasmas que atuam em Barra Mansa em possíveis desvios de verbas envolvendo compras pagas com recurso do Fundeb, lesando os cofres públicos. Lelis informa que dará entrada a um requerimento de proteção a testemunha.

“Vou protocolar requerimento perante as autoridades competentes comunicando os fatos de forma circunstanciada e pedindo as garantias de vida e as prerrogativas de testemunha juramentada não ser intimidada” disse em o vereador.

Segundo o vereador, tem a prerrogativa de pedir proteção porque há na lei essa possibilidade para indivíduos que divulgam informações sobre atos ilegais ou prejudiciais ao interesse da sociedade, devendo receber proteção especial contra retaliação, perseguição ou tratamento discriminatório.

O vereador informou que desde que a denúncia foi feita já se sentiu ameaçado. “Não quer acusar ninguém até porque podem ter outras pessoas se aproveitando da situação, ainda mais em ano eleitoral, mas deseja se sentir seguro. Segundo seus vizinhos, um carro preto já parou em frente a sua casa, por volta da meia-noite, tirou fotos da residência e foi embora em cinco minutos”, contou ele, que é casado e tem quatro filhos.