A Polícia Civil de Piraí realizou, na manhã de hoje (13/06), a Operação Granada, que desarticulou uma organização criminosa especializada em golpes financeiros, principalmente via PIX, e lavagem de dinheiro. A investigação revelou que parte do dinheiro movimentado pelo esquema abastecia o tráfico de drogas. Tudo começou após um empresário do ramo de produtos alimentícios, da cidade de Brusque, em Santa Catarina, ser enganado por um estelionatário que se passava por gerente de banco. A vítima realizou transferências que totalizaram R$700 mil para contas controladas pelos criminosos.
– Nós identificamos que R$189 mil desse valor foram movimentados aqui na região Sul Fluminense. A liderança desse esquema estava ligada a um traficante de 43 anos, atualmente preso no complexo de Bangu, no Rio de Janeiro. Mesmo dentro da cadeia, ele articulava o esquema com o apoio do seu braço direito, um homem residente em Piraí – explicou o delegado Antonio Furtado, titular da 94ª DP.
De acordo com as investigações, o criminoso de Piraí recrutou 14 pessoas para atuarem como “laranjas”. Em troca de comissões que variavam de R$2 mil a R$4 mil, emprestaram suas contas bancárias para que o dinheiro fosse recebido. Os valores eram transferidos, sacados rapidamente e entregue ao operador local, que distribuía os valores entre traficantes da região.
– Essa é uma típica forma de lavagem de dinheiro do tráfico, agora, utilizando golpes de PIX como fonte de entrada. É um alerta para a população: quem empresta conta para criminoso também responde criminalmente – destacou o delegado Antonio Furtado.
A Justiça concedeu mandados de prisão temporária de 30 dias, cumpridos nos municípios de Piraí, Resende e também contra o traficante já custodiado em Bangu. Entre os presos, está a esposa de um dos traficantes, detida em Resende. Os presos vão responder por organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem chegar a 20 anos de prisão.
– Golpes como esse geram um rastro de prejuízo para as vítimas e para toda a sociedade, pois fortalecem o crime organizado. Nossa missão é clara: não vamos permitir que criminosos, estejam onde estiverem, continuem lucrando com o sofrimento alheio – finalizou o delegado Antonio Furtado.