Por Tribuna
O número de mortes em residências triplicou em maio deste ano ante o mesmo mês de 2019. Do dia 1º a 31, foram registrados 21 casos, enquanto em maio do ano passado foram oito mortes.
Os dados, obtidos com exclusividade ao TRIBUNA, são da Funerária Municipal. A cidade de Volta Redonda não tem esse serviço particular.
A alta de mortes domiciliares, segundo especialistas, está relacionada a fatores como idas a prontos-socorros por medo de contágio ou a rápida evolução da doença.
Ainda segundo o levantamento, em maio de 2020, foram registrados um total 136 mortes (mortes naturais, acidentes, homicídio e Covid). Segundo dados da prefeitura de Volta Redonda, em maio, 23 pessoas morreram de Covid-19.
Isso corresponde, portanto, dos óbitos registrados, 16% foram pelo novo coronavírus. Não há números oficiais de causas como é infarto, câncer, acidentes e homicídios.
História de Adga
A Agda de 32 anos foi mais uma vítima da Covid-19. Para quem acompanhou o noticiário, no último 23 ela deu entrada no hospital São João Batista, veio a óbito poucos dias após o parto da bebê, a Cristal Ágata.
— Os médicos não davam 24 horas de vida, mas com a ajuda das orações, Deus foi fazendo milagres gradativamente. E hoje a Cristal não precisa de usar sondas e plasmas de sangue — disse o pai Cristal Ágata, Vitor Junior.
A recém-nascida continua internada (por conta de ser prematuro). A Cristal, que tem uma irmã de um ano e nove meses, logo que nasceu, foi entubada no mesmo dia que a sua mamãe.
“Ela é uma guerreira, mas ainda inspira cuidados pela gravidade que apresentava o seu primeiro quadro”, disse o pai, que continuou.
“Estamos arrecadando o que puderem para um chá de bebê para amenizar o sofrimento da família para que nada falte a nossa princesa Cristal”
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No dia do enterro de Adga, colegas de trabalho de Luiz Vitor fez uma homenagem – uma carreata de ambulância foi até o Portal da Saudade.