O legislativo de Volta Redonda aprovou na noite desta terça-feira (22) o projeto de lei – em regime de urgência e preferência – que tomba o Clube Umuarama, local com mais de 80 anos de existência.A votação foi unânime até porque o projeto foi de autoria da Câmara Municipal.

Os 21 vereadores o assinaram como autores, embora a redação tenha sido feita pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Rodrigo Furtado, que foi o autor do projeto que se tornou a lei de tombamento da área do Recreio do Trabalhador Getúlio Vargas, desativado pela Fundação CSN em 2020.

Antes da votação, o presidente da Câmara Municipal, Sidney Dinho, havia apresentado aos vereadores uma apresentação enviada pela CSN, em que a empresa apresenta projetos para a utilização da área do clube.

Segundo Fábio Pietro, presidente do Clube, há dois interessados no local – o supermercado Royal (que alugaria o local) e a Igreja Universal (que compraria imóvel),

Essa apresentação, inclusive, evitou que os vereadores votassem o tombamento ainda na sessão de segunda-feira (21), pois Dinho quis garantir que a empresa pudesse apresentar sua posição antes que o projeto fosse votado.

O projeto de lei, depois de duas votações no regime de urgência e preferência, segue agora para o prefeito Antônio Francisco Neto, que pode sancionar ou vetar (total ou parcialmente) a iniciativa.

Em caso de veto, o projeto retorna à Câmara Municipal e será novamente apreciado pelos vereadores. Fontes ligados à política dizem que Neto deve vetar o projeto, mas os vereadores podem derrubar o veto. Mas isso deve ocorreu após o Carnaval.

Com o tombamento, fica proibido qualquer mudança  estrutural no prédio do imóvel. Normalmente, a CSN utiliza os imóveis e terrenos em Volta Redonda para garantia financeira em empréstimos da empresa, segundo fontes de parlamentares.