O caos dos flanelinhas não é uma novidade em Volta Redonda. Nas últimas semanas, porém, vêm aumentando o problema no bairro, um dos principais centros comerciais. A prefeitura de Volta Redonda prometeu implementar o VR Park, um novo sistema de estacionamento rotativo, que até agora não saiu do papel. O Tribunal de Contas barrou o processo licitatório por vícios no projeto.

Considerada abusiva por motoristas que diariamente são abordados pelos guardadores de carro, a prática já virou rotina para quem estaciona na Vila Santa Cecília. A ausência de uma legislação para coibir a prática, aliada à falta de fiscalização da prefeitura de Volta Redonda, facilita a ação desses “profissionais”.

“Ficamos sem opção, pois o carro fica vulnerável e pode ser riscado ou coisa pior. Temos que pagar o parquímetro e os flanelinhas”, contou a jornalista Fernanda de Souza.

A dona de casa Rita Maria Holanda, de 73 anos, fez coro contra o flanelinhas e a postura da prefeitura de Volta Redonda: “Uma vez parei, falei que só ia pegar um exame, mas mesmo assim a guardadora anotou minha placa e tive que pagar. Fiquei com medo”, contou ela, que agora só para no Sider Shopping.

A situação faz ainda com que muitos motoristas optem por deixar seus veículos em estacionamentos privados, como o engenheiro eletricista Luís Palma. “Já que vou ter que pagar, que seja para ter alguma garantia”, afirma.

Porém, quando chega a estacionar na via pública, Luíz admite contribuir com o que pode. “Normalmente eles pedem uma moeda, já é melhor do que ter o carro riscado ou outro dano”, justifica.

Cobrança chega a mais de R$ 20 por uma vaga: em junho, a equipe de reportagem do TribunaSF percorreu festas da cidade e flagrou a ação deles livremente próximo aos bailes, boates e shows. Confira o vídeo abaixo.

Procurado, o prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva, não atendeu as ligações e nem as mensagens do WhatsApp da equipe de reportagem.