Por Tribuna
Um papelzinho arremessado ao chão por um aluno foi motivo para que todos da sala permanecessem após o horário da aula. A “punição” foi até que o autor da travessura aparecesse. Esse só foi um dos casos que mães de estudantes do Colégio Militar de Volta Redonda contaram à equipe de reportagem do TRIBUNA.
Os alunos também têm que decorar os hinos da Bandeira e dos Bombeiros. “Ele escreve a letra no caderno e anda na rua com o fone ouvindo os hinos. É por prazer e não por obrigação”, contou Michele Stoduto, de 42 anos, mãe de Giovani de 15 anos.
A disciplina militar de lá atraiu também a mãe de Pedro Henrique de 15 anos, Lucimara dos Santos, 40. “Meu filho melhorou muito no comportamento dentro de casa. Hoje ele até dobra suas roupas”, brinca a mãe.
“Além do ensino, o comportamento dele também melhorou muito. Não tenho a menor dúvida que o ensinamento no colégio será levado para vida toda”, disse Jaqueline Soares, 50 anos, mãe de Felipe, também de 15. “Ele só tirou nota azul e foi um dos poucos”, orgulhou-se.
O colégio é de tempo integral e há duas turmas do primeiro ano do Ensino Médio, com 30 alunos cada. No período da manhã, os estudos são da grade curricular regular (português, matemática, história, geografia). À tarde, as atividades extras.
Na manhã desta segunda (3), o governador Wilson Witzel inaugurou a unidade oficialmente. Porém, o colégio está funcionando desde março. “Nossa ideia é implementar pelo menos uma unidade em cada cidade do estado”, disse o governador.
A princípio, as mães tiveram receio por conta da distância do colégio, além do histórico violento do bairro Açude.
“Antes, em 15 minutos ele estava em casa; agora, ele leva uma hora”, disse Michele, que complementou: “Todos respeitam os alunos”. Durante a presença do governador, três jovens passaram mal.