Por Tribuna
Os caminhoneiros do Sul Fluminense não vão aderir a possível greve da categoria marcada para o próximo dia 29. A mobilização está sendo realizada por trabalhadores do Paraná e associação do Sul Fluminense classifica como “um ato isolado”.
As informações foram passadas por Nelson de Carvalho Junior, presidente da Associação dos Caminhoneiros do Sul Fluminense, que tiveram uma participação ativa na greve de maio de 2018.
Para Nelson, o motivo da não adesão seria que a categoria estaria ainda com o diálogo aberto com o governo federal e que estão marcadas cinco audiências públicas entre os autônomos ( Belém, Recife, Porto Alegre, São Paulo e Brasília).
“Não vamos aderir. É um fato isolado dos caminhoneiros do Paraná. Estamos em negociação com o governo. O ministro da Infraestrutura (Tarcísio Gomes de Freitas) estará no Espírito Santo para implementar o DTE (Documento de Transporte Eletrônico), um de nossas reivindicações”, disse Nelson, em entrevista ao TRIBUNA, afirmando que prazo dado ao governo foi 20 de junho.
Duas questões cruciais nas negociações são o preço mínimo do frente e valor do óleo Diesel: “Não temos o salário mínimo? O agronegócio e as indústrias não têm seus preços mínimos? Por quê não os caminhoneiros?. Não podemos ficar refém dos grandes empresários”, ressalta Nelson, que representa mais de 1,2 mil caminhoneiros do Sul Fluminense.
Ele, no entanto, reconhece que o mercado não está favorável aos caminhoneiros. “Hoje muitos estão trabalhando apenas para manter os veículos”, finalizou Nelson.