Por Tribuna
O Conselho Nacional de Transportes Rodoviários de Cargas (CNTRC) marcou para o dia 1º de fevereiro uma nova paralisação dos caminhoneiros em todo o país. A greve foi aprovada após convenção realizada pela categoria em dezembro do ano passado.
A entidade afirma que a manifestação foi causada pelos reajustes no valor do diesel pela Petrobras . Eles ainda reivindicam a instituição do preço mínimo de frete para todas as classes e a aprovação da Lei BR do Mar , que estabelece a cabotagem no ramo de transportes.
A CNTRC prevê que 40 mil caminhoneiros participem da paralisação. Outras lideranças da categoria ainda não se manifestaram sobre o tema.
— Vamos fazer de maneira pacífica. Vamos parar em Barra Mansa. Vamos trabalhar de maneira coordenada com outras região que cortam a Via Dutra. Não terá prazo para terminar essa paralisação — disse Nelson de Carvalho Júnior, um dos líderes da categoria na região Sul Fluminense.
Além valor diesel, eles reivindicam o Ciot (Código Identificador de Operação de Transporte) e cumprimento da lei 13.703, que determinar o valor do piso do frente. Há em torno de 1,5 mil caminhoneiros autônomos na região.
Em maio de 2018, a categoria realizou uma paralisação de 9 dias, que provocou um caos na economia do país. Na época, os caminhoneiros reivindicavam a isenção de pedágio para eixos suspensos, a criação de um marco regulatório para a profissão e o fim dos ajustes diários no preço do diesel.
Desde março de 2019, a Petrobras reajusta o valor do combustível nas refinarias a cada 15 dias, entretanto, a medida é considerada abusiva pelas entidades de classe.
Sindicato defende negociação
O Sinditac (Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga) de Volta Redonda e Sul Fluminense defende uma negociação com as transportadoras e com grande empresas para o aumento do valor do frete. A informação foi dada pelo presidente do órgão sindical, Francisco Wilde Ferreira, que está à frente do sindicato que representa 18 mil caminhoneiros autônomos e há seis mil sindicalizados.
“Não é momento certo para uma paralisação. Uma questão é pandemia e o outra que o diálogo com os transportadores sempre esteve aberto. Parar uma Dutra é tão complexo”
Ele afirmou ainda que Nelson de Carvalho Junior não representa o Sindicato e “não faz mais parte do corpo de nossos delegados”. Wilde disse que abrirá uma queixa. “Ele (Nelson) não representa a categoria”.