Por Tribuna
O anúncio tão aguardo por muitos veio na noite desta sexta-feira (8) na live do prefeito de Barra Mansa, Rodrigo Drable. Os motéis podem funcionar nessa nova flexibilização do comércio da cidade. Mas com o horário regrado.
Segundo Drable, os estabelecimentos estão permitidos das 6 horas às 23h59. Na calada da madrugada, não pode. A justificativa de veio de uma maneira ortodoxa:
— Os motéis não podem funcionar na madrugada. Isso é para evitar aquelas pessoas que trafegam na Dutra, que são vendedores que vão para Rio para São Paulo e estão passando pela Dutra, fiquem em Barra Mansa. Eles podem ser um vetor de uma transmissão na cidade — explicou Drable, durante a live.
A cidade possui 12 motéis – divididos às margens da Dutra, da BR-393 e na região central da cidade. Não há uma estimativa de número de quartos e nem de funcionários. Mas, os valores de seis horas variam de R$ 60 a R$ 400.
Já os hotéis poderão funcionar das 18 às 8 horas. “É para pernoitar. É uma necessidade principalmente de médicos de fora, fornecedores de materiais da área da saúde que têm que se hospedar nas cidades”, disse Rodrigo Drable
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Sexo sem beijos
Uma pesquisa realizada em um hospital de Shangqiu, cidade na província de Henan, na China, encontrou o novo coronavírus no sêmen de pacientes infectados. Um grupo de 38 homens foi testado e seis apresentaram partículas virais no esperma. A descoberta sugere que a Covid-19 possa, portanto, ser transmitida sexualmente.
Especialistas ouvidos pela revista Veja ponderam que a descoberta é importante, mas que, para determinar se existe o risco de transmissão pelo ato sexual, ainda faltam estudos que mostrem que a partícula presente no sêmen é infectante.
“Ainda não há evidência científica de que possa ser transmitido por contato sexual, mas isso estará em estudo e logo saberemos. Ter o conhecimento de que a partícula do vírus é infectante ou não é fundamental, porque a partir disso outras pesquisas vão se desenvolver para tentar elucidar se a relação sexual pode ter algum papel na transmissão”, explica Raquel Stucchi, infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
A relação sexual durante a pandemia já é um risco pela possibilidade de encontrar o vírus no nariz e na garganta. As partículas conseguem sobreviver e serem transmissíveis até o quinto dia após uma pessoa contrair a doença. Ricardo Diaz, professor de infectologia da Escola Paulista de Medicina e consultor da SBI, reflete que a descoberta seria revolucionaria se fosse comprovado que o vírus poderia ser infeccioso e por mais tempo do que em outras regiões.
“É mais uma prova de que ele está em qualquer lugar do corpo, se proliferando. Se fosse provado que o vírus é infeccioso por mais tempo do que na garganta e no nariz, os dois testes de PCR que fazemos para liberar uma pessoa que está recuperada não seriam suficientes. Cerca de 80% das transmissões do coronavírus acontecem em pessoas com pouco ou nenhum sintoma, e dentro de casa”, afirma Diaz.
Então, sexo sem beijos.