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Movimentos negros fazem manifestação silenciosa em Volta Redonda



Por Tribuna


Movimentos negros fizeram neste final de semana uma manifestação pacífica e silenciosa em Volta Redonda. Eles instalaram duas bandeiras no Memorial Zumbi, na Vila Santa Cecília. Eles pedem o fim do racismo, consideram o novembro negro e dizem “vidas negras importam”

O ato foi uma homenagem ao um homem negro que foi espancado e morto por dois homens brancos em um supermercado Carrefour em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, na noite desta quinta-feira (19), véspera do Dia da Consciência Negra ( sexta, 20).

O espancamento de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foi filmado por testemunhas e ganhou repercussão nacional e internacional.

Já no sábado (21) uma abordagem feita em uma farmácia por um suposto segurança a um homem negro que estava no interior da drogaria chamou atenção de moradores que passavam pelo local, na Avenida Paulo de Frontin, no bairro Aterrado, em Volta Redonda. Após ser acusado de roubo, o homem ainda é algemado em frente à loja.

A situação logo provocou a reação de quem estava próximo ao local. Questionado algumas vezes pelo homem, que não se sabe se trabalhava na segurança da loja ou da própria rua, se havia roubado algo de dentro da loja, o rapaz chega a ser imobilizado.

Em dado momento, ele é puxado à força para a lateral da entrada do estabelecimento, o que gerou reação de algumas pessoas que acompanhavam a abordagem. Diante de alguns protestos e da falta de provas de que o rapaz havia de fato furtado algo, o suposto segurança, então, resolveu liberá-lo.

Um pedestre que viu a cena e pediu para não ser identificado contou que caminhava pela rua quando, de repente, viu o tumulto.

“Aconteceu tudo muito rápido, aquela confusão. O homem, que não sei se era segurança da loja ou da rua, tinha rendido o cidadão e meteu uma algema nele, insinuando que ele tinha roubado alguma coisa na drogaria. Ele disse que não, e que nem estava armado”, contou. A testemunha relatou ainda que, do lado de fora, havia quem apoiasse o homem algemado, e quem apoiasse o segurança, mesmo sem qualquer prova do furto.

“Tudo durou cerca de dez minutos. Quando alguém falou que o cara ia fazer judiação com ele, ele acabou soltando a algema. Não tinha como confirmar na hora se ele realmente era segurança, mas tudo indica que sim porque ele tava na porta da loja, se portando como segurança da drogaria, tanto é que ele chega a entrar um pouco na drogaria, depois sai… se ele não é segurança dali , ele é segurança da área”

A rede de drogarias responsável pela franquia foi procurada, mas até a publicação desta reportagem, não se manifestou sobre o caso.

 


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