Uma guerra foi declarada entre o prefeito de Volta Redonda, Antônio Francisco Neto, e o construtor Mauro Campos. Motivo: trevo da Rodovia do Conformo. Nas últimas semanas, duas pessoas morreram e mais seis ficaram feridos em três acidente.
Mauro Campos, em vídeo gravado, disse que Mauro Campos, dono da construtora Aceplan e responsável pela construção Jardim Marina, afirmou que as mortes na Rodovia do Contorno foi por total “omissão do poder público municipal”.
A declaração foi feita na noite desta sexta-feira (31), um pouco antes da virada do ano, quando foi confirma a morte de mais pessoa na estrada:
“Em oito dias, a segunda vítima. Hoje (sexta-feira, 31), a vítima fatal foi uma jovem de 23 anos por pura omissão da Secretaria de transporte e mobilidade urbana e principalmente do seu prefeito”.
— Enquanto gasta milhares de reais em iluminação de Natal de queima de fogo, não tem coragem de providenciar um redutor de velocidade na rodovia do contorno”
Segundo Mauro Campos, a empresa Aceplan tentou no governo do Samuca com a mesma secretaria, apresentando um abaixo assinado dos moradores.
“Hoje nós temos mais de 700 apartamentos entregues. Vamos entregar agora 264. É um novo bairro”. Saiu Samuca, segundo Mauro Campos, e entrou esse governo. “Nós tentamos novamente, mas fomos ignorados”
Ele disse que vai denunciar o caso ao Ministério Público Federal.
A construção da rodovia do Contorno durou mais de 20 anos após batalhas jurídicas e tem mais de oito quilômetros. Ela foi entregue em dezembro de 2018.
Vale lembrar que o nome Jardim Mariana é uma homenagem à filha do empresário, morta num trágico acidente em 2013. Na época, Mariana Mascarenha tinha 25 anos e cursava medicina em Volta Redonda.
Nas redes sociais, Neto respondeu o empresário mostrando o problema do local, que o prefeito chama “Trevo do Maurinho”
Segundo Neto, a construtora
foi alertada reiteradamente sobre riscos do projeto e sobre competências sobre a rodovia
“A Prefeitura de Volta Redonda vai adotar ações sobre trecho onde um trevo foi feito de maneira irregular por uma construtora. O local tem sido ponto frequente de acidentes de trânsito, inclusive com vítimas fatais. A obra do trevo não teve autorização dos órgãos públicos municipais, estaduais e federais para ser feita e nem seguiu os parâmetros legais”, disse Neto nas redes sociais.
Ao mesmo tempo, segundo Neto, a Prefeitura de Volta Redonda oficiou o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre) para que uma solução para o caso seja apontada de maneira oficial, dentro da lei e preservando vidas.
O referido trevo foi construído ao longo do ano de 2020, sem autorização e fora dos padrões técnicos exigidos para o local. Ainda na fase do projeto, os primeiros questionamentos foram feitos à construtora, que mesmo assim fez a obra, a toque de caixa, sem licença para isso.
Em documento, ainda de 2020, a Secretaria Municipal de Transporte Mobilidade Urbana (STMU) apontou que o projeto promoveria “movimentos inseguros na pista”. Ou seja, colocava a vida de pessoas em risco.
A construtora teria de ter observado que a via possui volume diário médio (VDM) próximo a 7 mil veículos, o que torna a rotatória vazada (utilizada pela construtora no trecho) tanto inapropriada como ilegal.
A Prefeitura, diante da inércia da construtora, declarou que vai tomar com urgência todas as providências cabíveis. E ressalta, ainda, que não construiu casas no local e muito menos fez o trevo. “Não vamos perder tempo com discussões sem sentido. Queremos salvar vidas primeiro, mas em seguida vamos responsabilizar judicialmente quem errou e ajudou a causar estes acidentes”, disse o Prefeito Antonio Francisco Neto.