Pesquisa da DataFolha realizada em 2 e 3 de abril de 2019, mostra que 57% dos brasileiros “desprezam” a comemoração de 31 de março de 1964, dia que marcou o início do golpe militar. Outros 36% admitem uma comemoração da data
Foram entrevistadas 2.086 pessoas, em 130 municípios de todo o Brasil. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
A pesquisa divulgada neste sábado (6.abr.2019) mostra que o desprezo à data do golpe tem maior apoio entre parcela da população com idade entre 16 e 24 anos. Desses, 64% são contrários à comemoração da data.
A porcentagem chega a 67% entre quem tem ensino superior e a 72% entre pessoas com renda familiar mensal superior a 10 salários mínimos.
Outro recorte sobre o levantamento do instituto mostra que a maioria dos evangélicos —uma das bases eleitorais de Bolsonaro— também rejeita as comemorações.
Considerando todos os segmentos evangélicos, 53% acham que 31 de março deve ser desprezado e 39%, comemorado. Os neopentecostais são os que mais apontam o desprezo sobre as celebrações, com percentual de 65%.
As polêmicas sobre o aniversário de 55 anos do golpe começaram em 25 de março, quando o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, anunciou que Bolsonaro havia determinado ao Ministério da Defesa as “comemorações devidas“, em quartéis, em 31 de março.