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Rodoviários podem entrar em greve nos próximos dias, diz sindicato



Sem acordo entre rodoviários e as empresas de ônibus de Volta Redonda e região, a categoria pode entrar em greve na próxima semana, segundo informou José Gama, o Zequinha, presidente do sindicato dos trabalhadores. As negociações começaram em maio com o sindicato patronal (Sindpass) e não avançaram até agora. A próxima reunião deve acontecer na quinta-feira (9) em Volta Redonda.

A princípio, os trabalhadores apresentaram um aumento salarial de 5%, o que foi recusado pelos donos das empresas. Os empresários fizeram uma contraproposta de 1,76%, o que não foi aceita em assembleia dos trabalhadores. O Sindpass aumentou para 2%, que novamente foi recusada em assembleia.

“Vamos seguir os tramites legais, avisando os usuários do transporte coletivo, as empresas e o poder público”, afirmou Zequinha.

Dupla função: demissão de 120 trabalhadores em VR

Segundo Zequinha, a dupla função (motorista/trocador) já demitiu mais de 120 trocadores em Volta Redonda, maior cidade da base do sindicato. O Sindpass quer incluir essa cláusula no acordo coletivo, mas o sindicato dos trabalhadores não aceita. Outro ponto na negociação é as questões das multas: “Não aceitamos que todas as multas vão para os motoristas”, enfatizou Zequinha, que continuou: “Só é justa as multas que são de responsabilidade do motorista como avanço de sinais, por exemplo”.

Empresas alegam queda de número de passageiros

O presidente do Sindpass, Paulo Afonso Arantes, alega que houve queda no número de passageiros nas linhas de ônibus. “A demanda do transporte coletivo vem caindo. Não só em Volta Redonda, mas também em todo país. Isso se deve o desemprego”, afirmou o representante das empresas de ônibus.

Ele não confirmou que haverá reunião com o sindicato dos trabalhadores na próxima quinta-feira (9) e o encontro deve ocorrer na próxima semana. “O sindicato (dos trabalhadores) solicitou um encontro na quinta (9), porém deve acontecer na próxima semana”, disse Paulo Afonso, que continuou: “Estamos no limite. Não existe a possibilidade de aumentarmos esse percentual de 2%”, finalizou o empresário.


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