A Polícia Civil está investigando uma confusão na Escola Municipal Deputado Luiz Pinto, em Valença (RJ), envolvendo um guarda municipal e um estudante do 8º ano do Ensino Fundamental. O caso aconteceu na manhã desta quarta-feira (11).
A cena foi filmada por um aluno da escola e o vídeo foi espalhado em redes sociais.
Na imagem, é possível ver que o adolescente, de 15 anos, leva um tapa no rosto no momento em que era imobilizado pelo guarda municipal — o vídeo não é conclusivo em relação a quem cometeu a agressão.
Segundo a Guarda Municipal, a presença da corporação no ambiente escolar foi um pedido da diretoria da unidade por conta de ameaças de brigas entre os alunos — a unidade onde a confusão aconteceu, localizada no Centro da cidade.
Por causa do tumulto, o comandante da Guarda Municipal de Valença, Paulo Sergio Murat Junior, foi até a escola e encaminhou o estudante envolvido na agressão, juntamente com o pai dele, até a delegacia para registrar um boletim de ocorrência. A diretora da escola e o guarda envolvido na confusão também foram para a delegacia.
Guarda vai responder por abuso de autoridade
Os envolvidos na confusão prestaram depoimento nesta quarta-feira. Com base nos relatos, o delegado de Valença, Flávio Narcizo, informou ao g1 que o guarda municipal foi indiciado por abuso de autoridade.
Comandante e prefeitura lamentam ocorrido
Em nota, o comandante da Guarda Municipal de Valença informou que o agente envolvido na confusão já foi afastado das funções e que um processo administrativo disciplinar será aberto assim que a apuração dos fatos for concluída, com base no regimento do Estatuto da Guarda Municipal.
“Fico triste com o fato ocorrido, peço desculpas à população valenciana e aos familiares do aluno. Digo, que a Instituição da Guarda Municipal não compactua com nenhum tipo de agressão, temos como atribuições manter a ordem pública e zelar pela integridade da população”, concluiu Paulo Sergio Murat Junior.
Também em nota, a prefeitura de Valença, através da Secretaria de Educação, responsável pela administração da escola, disse que está acompanhando o caso junto às autoridades e que “não compactua com qualquer forma de violência, constrangimentos ou maus-tratos, zelando sempre pela garantia dos direitos dos educandos”.