Angra dos Reis Polícia

Milicianos presos no Rio tinham atuação em Angra dos Reis, diz polícia



A quadrilha de milicianos presa neste sábado (07) pelo Polícia Civil teria ramificação em Angra dos Reis. Um grupo de 149 pessoas e apreenderam sete menores – todos suspeitos de participarem de uma quadrilha. A prisão aconteceu numa festa que estava acontecendo num sítio em Santa Cruz, na Zona Oeste.

Houve troca de tiros e, ao final, quatro pessoas morreram. Durante a ação foram apreendidos 30 fuzis e 20 pistolas. O evento do bando era patrocinado pela “Liga da Justiça”, uma das organizações criminosas mais famosas daquela região.

A operação policial contou com agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), Divisão de Homicídios, 27ª DP (Vicente de Carvalho) e 35ª DP (Campo Grande). O número de detidos na ação foi tão grande que foram precisos dois ônibus para fazer o transporte dos suspeitos até a Cidade da Polícia, em Benfica, na Zona Norte, onde chegaram por volta das 9h.
“A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro entrega para a Justiça parte de uma organização criminosa que ainda tenta se impor no Estado do Rio de Janeiro”, ressaltou o chefe de Polícia Civil, delegado Rivaldo Barbosa.

De acordo com o delegado, essa operação foi resultado de aproximadamente dois anos de investigação. O local onde acontecia o evento era usado como “quartel-general da milícia”. De lá, o grupo saía para atuar nas comunidades da cidade. No sítio foram encontrados ainda ingressos numerados, copos personalizados com o nome da festa e “pulseiras vips”.

A estação do BRT Cesarão III, em Santa Cruz, foi incendiada por volta das 5h20. A Polícia suspeita que milicianos tenham colocado fogo na estação para desviar a atuação dos agentes. Segundo investigação da Delegacia de Homicídios (DH) da Capital, Wellington da Silva Braga, conhecido como “Ecko”, é apontado como o chefe da maior milícia do estado e estaria no local. O miliciano conseguiu escapar do cerco da polícia pelos fundos do sítio.

O Secretário de Segurança Pública do Rio, general Richard Nunes, declarou que outras ações de combate à milícia serão realizadas. “A sociedade pode confiar na intervenção federal. Outras operações já estão sendo planejadas e serão executados em curto prazo. O Rio precisa voltar a ser uma terra feliz, de um povo feliz, trabalhador”, concluiu.

Ainda de acordo com o chefe de Polícia, milicianos disputam áreas e mantêm moradores sujeitos a leis próprias em troca de uma alegada segurança. E seus métodos nos últimos anos se diversificaram – eles cobram por quase todas as atividades que movimentam dinheiro nas comunidades.


Deixe seu comentário

error: Content is protected !!